Um de cada vez
No início do ano, é comum o professor
estimular a participação das crianças tentando fazer com que falem, façam
comentários, manipulem brinquedos. Mas chega um momento em que começa uma
avalanche: as crianças não escutam, só falam, e quase todas ao mesmo tempo. Os
interesses se voltam para um determinado objeto,às vezes disputado no
“vale-tudo”.
Situações como essa
podem representar um desafio para o professor, na medida em que ele se vê
obrigado a repensar atividades para torná-las mais adequadas aos movimentos do
grupo.
É hora de coordenar
ações coletivas. Essa organização, na verdade, deve ser feita logo no início do
ano, e constituirá a estrutura de apoio das relações e da convivência.
Um dos instrumentos
dessa estrutura são os “combinados”, os acordos do tipo “cada um tem sua vez de
falar”, “brinquedo não vai para o pátio”, “não é para rabiscar nem rasgar os
livros”.
Temas como esses também
podem ser discutidos numa “roda de conversa”. Se, por exemplo, os alunos estão
deixando as peças dos jogos de encaixe espalhadas, sem se preocupar em
guardá-las nos lugares certos, pode-se conversar sobre a necessidade de
organização para que não se perca nenhuma peça.
É fundamental que os
combinados sejam expostos o ano inteiro na sala de aula, seja através de cartaz
ou de plaquinhas, para sempre que necessário o professor relembre a turma ou o
aluno sobre o que foi combinado anteriormente. E quando precisar pode acrescentar
novos combinados à lista que já está exposta, ou criar novas plaquinhas.
Criando autonomia
Aos poucos, depois de muita repetição,
as crianças vão se acostumando e acabam reproduzindo os “combinados”, sem a
necessidade da intervenção constante do professor. Eles podem, então, ser
ampliados: agora as crianças incorporam a necessidade de guardar direito os
jogos e brinquedos, sabem esperar sua vez de falar, já podem conhecer a aplicar
algumas regras de convivência: “Não vale empurrar o colega, molhar o colega,
jogar areia na cabeça do colega”.
Com o tempo, os
próprios alunos se empenham em criar novas regras, de acordo com a necessidade
surgida na prática. Em todos os sentidos, agem de modo cada vez mais
independente, e cabe ao professor facilitar a construção dessa autonomia.
De acordo com o
Currículo Experimental da Educação Infantil:
HABILIDADES
• Conhecer e utilizar regras de convívio social.
• Conservar os materiais de uso individual e coletivo.
PROCEDIMENTOS:
. Participar de atividades que envolvam o uso de materiais e espaços
coletivos, combinando regras de convivência em grupo.
. Criar rotina em sala de aula de higiene pessoal e ambiental.
. Discutir e criar coletivamente regras para conservação dos objetos
Cartaz confeccionado pela porfessora e alunos do 2º período C
CEI 1 - Estrutural - 2013
CEI 1- ESTRUTURAL
CEI 1 - ESTRUTURAL
Fonte: http://www.se.df.gov.br/wp-content/uploads/pdf_se/links_paginas/cur_ed_basica/curriculo_infanti.pdf
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